Nesta edição de “The Master Student”, nossa aluna Izaura Padua Silveira relata sua inspiradora experiência de aprendizado de inglês, e como se tornou exemplo para suas netas.

"Com setenta e poucos anos, comecei a estudar inglês.  Nunca é tarde para começar. Eu vejo pelo próprio depoimento das minhas netas. Elas me falam: “Vó, você é para frente. Você está se reconstruindo. Você é nosso exemplo”. 

Izaura, por que você decidiu estudar inglês?

Sempre tive muita vontade de aprender inglês. Era um grande desejo, mas me faltava coragem. Meu estudo vem do antigo ginásio e o pequeno conhecimento que eu tinha era desta época, em que tive que decorar o verbo “to be” e que aprendi algumas poucas palavras. Cursei pedagogia e tinha o desejo de fazer uma pós-graduação, mestrado, doutorado, mas acabei barrada por mim mesma, pois não dominava o inglês para seguir com os estudos.

Depois de anos, já aposentada, a vontade de voltar a estudar inglês surgiu em forma de pequenas intuições. Quando viajava e escutava as pessoas se comunicando em inglês, pensava: nossa, não entendo uma palavra! Sentia falta do inglês quando assistia um filme, ou quando ia comprar um eletrodoméstico, e percebia muitas informações em inglês.

Compartilhei então meu desejo de iniciar aulas de inglês com as pessoas mais próximas. Elas me questionavam: “Com essa idade, você vai estudar inglês?” Eu só tinha a certeza de que, alguma coisa, eu iria aprender. Não sabia o quanto. Comecei as aulas em outro curso, até que uma amiga me comentou que estava aprendendo na Master English. Eu ainda me questionava se deveria ir para uma escola estudar inglês nesse momento da minha vida. Até que concluí:  “Quer saber de uma coisa, você não tem que ter vergonha. Afinal, só estamos falando de aprender uma língua."

Como foram as primeiras aulas na Master English?

Quando comecei aqui na Master English, eu tinha 76 anos, e a minha primeira professora foi a Karen Villanova, atual gerente da escola. Eu dizia para ela: “Não sei nada, vou precisar anotar tudo o que você falar em sala de aula.” Eu chegava em casa e passava a limpo, para reforçar o que havia aprendido. No retorno dos finais de semanas, Karen iniciava a aula perguntando o que tínhamos feito, e eu treinava em casa a minha resposta, pois  me agoniava o fato de não conseguir responder. Eu pensava: “Não vou desistir”. Eu tinha muita vontade de aprender.

Dizer que aprender inglês é fácil não é verdade, ainda mais com a nossa idade. É difícil, mas não é impossível. Isso para mim é a maior lógica, a maior verdade: é possível estudar em qualquer idade. Se você desistir, aí é que nunca vai aprender. Persista! 

O que você mais gosta da Master English?

Eu acho que os diretores da Master English têm um cuidado em selecionar e treinar muito bem a equipe. Os alunos são muito bem recebidos, e este é um grande diferencial. Quando você chega em um lugar onde não conhece ninguém e é bem atendido e bem acolhido, isso transmite confiança e fidelidade. Aqui a gente é muito bem tratado. Eu gosto muito desse relacionamento. A professora e gerente geral Karen Villanova é uma pessoa carismática. Todos gostam muito dela. A nossa professora, Cris Rodrigues, é muito espontânea, humorista, carismática. Todos os professores que eu tive foram maravilhosos. O Maurício, o Bruno, o Rafael, o Rust.

Desde que entrou na Master English, você já viajou para algum lugar onde teve que se comunicar em inglês?

No ano retrasado, fui para Londres com a Master English. Dividi o quarto com a Mariza, minha colega de aula.

Quando chegamos no hotel, a nossa vontade era tomar um banho, mas o exaustor não estava funcionando. Não sabíamos o que fazer, mas precisávamos resolver. Fomos até a recepção para solicitar ajuda. Pensei: “vou falar do jeito que der e eles vão ter que me entender”. E não é que   consegui? Prontamente, a recepcionista foi até o nosso quarto e nos mostrou que deveríamos ligar uma chave. Conseguimos nos comunicar, deu tudo certo.

Na mesma viagem, em outro dia, eu queria comprar um presente para meu neto, um jogo de cartas do Pokémon. Falei para o Maurício (diretor) que não podia ir embora sem achar uma loja que tivesse essas cartas. Deixei de fazer um passeio com o grupo da Master English para procurar a encomenda do meu neto. O Maurício procurou na internet uma loja para nós e escreveu para nós as informações sobre o lugar que deveríamos ir e o nome da estação em que precisaríamos descer do ônibus:  "Tottenham Court Road".  Minhas colegas Mariza e Tânia quiseram ir junto na Oxford Street, onde havíamos estado com o grupo no dia anterior, pois também queriam comprar algumas coisas. No dia anterior havíamos ido nos museus e passado por ali,  lembrei do Maurício dizendo: Let's go, pois iriamos ter que descer na Tottenham. Pensei comigo: “Izaura, grava, pois é aqui”. Pegamos o ônibus e as gurias me perguntaram: “Izaura, você sabe aonde precisamos ir?” E eu respondi: “Não, mas nós vamos descobrir.” Já dentro do ônibus, uma das gurias disse: “Acho que estamos no caminho errado.” Fui cuidando todas as estações. Disse ao motorista: Please,  stop at Tottenham. E uma das gurias completou: It's the fourth stop”. Só sabíamos que depois de quatro paradas precisaríamos descer. Por alguns instantes, até pensei que poderíamos estar erradas mesmo.

Mas conseguimos!  Descemos do ônibus e seguimos o mapa que o Maurício desenhou para nós. Fomos andando e nos deparamos com três direções, três possibilidade de caminhos. “E agora?”, fiquei pensando. “Quem sabe vamos até a esquina?”, disse para as gurias. E completei: “Não se afobem, pois se nos afobarmos tudo vai dar errado. Vamos nos acalmar”. Pedi ajuda para uma menina que passava. Mostrei o endereço com o nome da loja e ela respondeu: Come.” E logo completou: It's here.”. Quando vimos, estávamos na frente da loja. Agradecemos muito para aquela menina que prontamente nos ajudou:Thank you! Thank you!”.  Mas precisávamos retornar para o hotel. Disse para Tânia: “Você que fala mais inglês, poderia perguntar qual o ônibus precisamos pegar para ir para o nosso bairro?”. E lá fomos nós. Estávamos no caminho certo. Fizemos compras, entramos em algumas lojas, andamos pelo comércio com o inglês que aprendemos aqui.

Nos viramos, sem medo. Foi uma experiência muito legal, de dar orgulho. Hoje me sinto com uma bagagem de inglês bem maior do que antes.

O que você acha do Portal do Aluno (plataforma digital de acesso a conteúdos de áudios para celulares, computadores e tablets, da coleção de audiolivros Culture and English Practice)?

O Portal do Aluno, para mim, é a redenção. Eu não tenho facilidade com  eletrônicos. Cheguei a comprar um aparelho para colocar o CD, mas eu não conseguia nem pausar . Ficava um pouco aflita e pensava: “Não estou sabendo nem usar os eletrônicos”. Quando fizeram o lançamento do Portal do Aluno, eu disse: “gente, eu nasci de novo” [risos]. Agora, aonde eu vou, eu levo comigo os fones de ouvido para escutar os áudios.

Recentemente, fui para São Paulo visitar meu filho. Durante a viagem, resolvi estudar inglês, mas estava sem o meu audiolivro da Master English. Ainda assim, resolvi colocar os áudios de níveis anteriores para escutar. Fiquei muito feliz, pois consegui entender muito bem. Comecei a fazer este exercício: quando estou longe do meu audiobook, eu escuto os áudios de outros níveis, pois consigo exercitar sem o livro. O audiolivro está introjetado na minha vida, está sempre comigo [risos]. Fico entusiasmada. Penso comigo mesma: “Izaura, você está no caminho certo. É por aí. Vamos lá.” Eu sei que estou fazendo um esforço bem grande porque quero muito aprender. 

Quais são as atividades do audiolivro da Master English que você mais gosta de fazer? 

Eu gosto muito da parte de textos do Culture and English Practice. São assuntos muito interessantes, sobre turismo, cidades, atrações. Há também textos sobre artistas, como Frida Kahlo e Pablo Picasso. Acabamos aprendendo cultura geral através do inglês.

Já fui para os Estados Unidos, mas, quando leio os textos, enxergo tudo com outros olhos. Já fui a Paris, mas agora, quando leio sobre Paris, vejo tudo com outros olhos.

Também gosto muito dos exercícios de interpretação e de sinônimos, em que temos de procurar nos textos as palavras correspondentes. Eles ajudam bastante para aprendermos melhor a língua e enriquecer o vocabulário.

DICAS DA ALUNA

"Aprender uma língua, no meu caso, foi uma libertação. Acho o inglês difícil, mas não é impossível. Nada é impossível nesta vida. 

"Quando me dispus a aprender inglês, deixei de ser uma pessoa ociosa e angustiada. A Master English agrega a inclusão social através da língua inglesa com o contato entre colegas e professores. Essa troca de experiências com pessoas mais jovens é um ganho social e, também, psicológico, pois quando vamos ficando com mais idade, as pessoas têm uma certa tendência a ficarem um pouco afastadas da sociedade.

Com o estudo de uma língua, temos a oportunidade de conversar com os netos, por exemplo, já que a maioria fala em inglês. Eu vejo pelo próprio depoimento das minhas netas. Elas me falam:

“Vó, você é para frente. Você está se reconstruindo. Você é nosso exemplo”.

"Com setenta e poucos anos, comecei a estudar inglês. Eu não vou ter medo de voltar a estudar. Nunca é tarde para começar.

“Sempre deixei o inglês de lado por falta de tempo ou falta de recursos financeiros. Mas a dica que eu dou é: comece! Comece e não desista! O mais importante é você não desistir! Eu comecei pelo Básico 1. Não senti vergonha de começar lá do início. Agradeço muito às minhas colegas, pois sempre me ajudaram e me deram força para seguir."

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